terça-feira, 9 de setembro de 2025

Aridez




Sentei na soleira da porta

E com lágrimas nos olhos

Perguntei a ele

Será que você me escuta

Porque um dia eu não quis te escutar

E sofri tanto que até hoje só de lembrar ainda dói 

Dói tua ausência 

Dói tua dura essência 

Sorvi então um mate

E de arremate

Te pedi perdão 

É que pai esta selva

Está que nem sertão 

Árida, seca, dura

Espinhos por toda parte

Parece até cactus

Baixei os olhos a terra

Envergonhada 

Então chorei!


Jussara Rocha Souza

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