O velho estende a mão,
Mendiga espera o pão...
Eis aqui um trabalhador
Que sua vida passou sobre trator
Arou a terra, semeou, plantou,
Comeu dos restos que sobrou...
A safra para o patrão colheu!
No mercado ele vendeu,
Triste sina deste lavrador,
Que ao patrão enriqueceu...
Hoje sofre humilhação e dor
Hei amigo! Sou eu, o João...
Será que me esqueceu?
Nem nota, vira às costas, o ingrato patrão.