domingo, 26 de setembro de 2021

Floresça

 



Minha alma de vidro branco...

Simples tal qual a flor do campo,

Carrega dores...

E encanto,


Minha alma de vidro branco...

Já fez morada há muito neste banco,

Aqui fez e refez trajetória...

Nele escreveu história,


Minha alma de vidro branco...

Já foi tamanco,

Duro como tronco...

Com a dor aprendeu o tranco,


Minha alma de vidro branco...

Aprendendo segue buscando,

Diáfano...

Deixando passar a luz,


Não serei então alma de vidro branco...

Transparente,

Translúcido....

Serei pétalas,


Jussara Rocha Souza 


Minha alma de vidro branco...

Simples tal qual a flor do campo,

Carrega dores...

E encanto,


Minha alma de vidro branco...

Já fez morada há muito neste banco,

Aqui fez e refez trajetória...

Nele escreveu história,


Minha alma de vidro branco...

Já foi tamanco,

Duro como tronco...

Com a dor aprendeu o tranco,


Minha alma de vidro branco...

Aprendendo segue buscando,

Diáfano...

Deixando passar a luz,


Não serei então alma de vidro branco...

Transparente,

Translúcido....

Serei pétalas,


Jussara Rocha Souza

sábado, 18 de setembro de 2021

Poesia da alma

 Que minha alma se vista de poesia todos os dias!

Jussara Rocha Souza 

Telas em acrílico pintadas por mim



Quem me dera sermos todos loucos

 Quem me dera sermos todos loucos...

Sem medida,

Sem nada pouco...

Sem roupas no corpo,

Sem medos...

Apenas loucos,

Choro sem repreensão...

Sorriso sem pretensão,

Nu na intenção...

Quem me dera sermos todos loucos,

Dançar na chuva....

Andar descalço,

Usar meu salto sem sapatos...

E que minha maquiagem,

Seja minha cara lavada...

Sem medo de ser reprimida,

Quem me dera sermos todos loucos...

Cabelos soltos ao vento,

Rodopiando feito catavento...

Apenas bailando,

Sem estereótipos...

Sem precisar fazer tipo,

Mas quem me dirá o que é normal...

Neste mundo desigual,

Quem me dera sermos todos loucos...

E em minha loucura boa,

 Que a todos perdoa...

Embarcar contigo nesta canoa,

Talvez você não me entenda...

Mas ser louco,

É minha decisão mais sensata.


Jussara Rocha Souza


Dançando na chuva

 Visto esta luva...

Seguro no guarda chuva,

Dançando e rodopiando...

Por ela sigo bailando,

Os pés molhados...

E o rosto de saudades,

De lágrimas banhados.

Jussara Rocha Souza 


Tela em acrílico pintada por mim. 

Bosque encantado

 Neste bosque encantado...

De duendes e fadas,

Lá onde a estrada faz a curva...

Há uma menina adormecida,

De sonhos viveu...

E de acordar esmorreceu,

Hoje vive presa...

Em seus sonhos de princesa!

Jussara Rocha Souza 



Tela em acrílico pintada por mim.


Janelas

 Quando as palavras se calam minhas mãos falam por elas!



Gosto de janelas, a do meu quarto dá para um jardim.

Rego todos dias meu coração através dela.

Jussara Rocha Souza


Ilustração: tela de minha autoria, tinta acrílica. 


E ela já desponta

 



Creio que somos como estações...

Muitas vezes em tribulações,

Somos inverno em nossas emoções...

Dias nublados,

Tristes, acinzentados...

Mas a esperança sempre se renova,

Assim como a semente que brota...

A vida não espera,

Floresce...

Enfim é primavera,

E tudo é cor...

E tudo vira flor,

Ganha-se ânimo...

Sai o desânimo,

Luzes no arrebol...

Bendito sejas o sol,

Chegou o verão...

Amor no coração,

Nada é perfeito...

Assim como despeito,

Tudo precisa se refazer....

Para saudável renascer,

Melancólico...

Me deixo desfolhar,

Outonal....

Emocional,

Assim são as estações...

Assim somos nós,

E as emoções...

Antes podados,

Meio que acinzentados...

Está na hora de florir,

Que venham os amores...

As cores,

O sorrir...


Jussara Rocha Souza


A meu amigo Paulo Enke , texto inspirado em um post sobre primavera do amigo Paulo Enke.

Meu mundo um canteiro de girassóis

 



Ando por esta terra em busca de sonhos...

De olhares risonhos,

Que façam sonhar...


Será isto amar,

Ando por esta terra em busca de luz...

Não quero contraluz,


Quero borboletas no meu caminhar...

Vagalumes a noite para iluminar,

Colorir o caminho por onde passar...


Margaridas poder plantar,

De amarelo o chão pintar...

A ti parece ilusões que componho,


Por favor não sejas enfadonho... 

O mundo carece de sonhos,

De risos nos olhares...


Gentileza nos gostares,

Ando por esta terra a procura de gente...

Que goste de plantar sementes,


 Assim então transformar o mundo em um grande canteiro...

Com girassóis a iluminar o ano inteiro.


Jussara Rocha Souza

Folhas ao vento

 



Em que te transformasse ser humano...

Mandos e desmandos,

Seres desprezíveis matando, roubando...

Fanáticos se institulam Deus,

Todos dias conhecemos um pouco mais de monstros que se dizem gente....

Caminham entre nós com sorrisos nos dentes,

Estrupam e matam crianças inocentes...

Em quem confiar,

A quem amar...

O senhor tão "respeitado",

Éra o tal tarado...

Todos se acham certos,

Tornaram-se desertos...

Famílias, ainda existem?

Será que resistem?

É tanto desamor....

Até de pensar tenho temor,

Pai avilta a filha...

São ilhas,

Sós em seu egoísmo...

Mentes doentias,

Vivem em escuridão...

Vermes em sua podridão,

Seremos nós janelas...

Deixar entrar a luz,

Seremos dia...

Pequenas lanternas,

Folhas ao vento....

Levando bons pensamentos.


Jussara Rocha Souza