terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Tarde sombria

O sangue  escorria, esvaindo a vida, desmaiando a alma etérea do ser.
 Faltou coragem, abismo, luto do sentir.
Estavas linda ontem!
A lembrança vem como um lume na escuridão dos seus pensamentos.
Bailava, rodopiava por entre as flores, na noite iluminada pelos vagalumes.
Tal beleza é como pecado diante de tanta tristeza, como ousasse, ser bela assim, mas não para mim? O sangue banha as vestes, os olhos nublam, escurecem, a imagem se esvai, ela também o queria, apenas ele não sabia.
Até que a morte o levou naquela tarde sombria.


sábado, 23 de fevereiro de 2019

A dor calou o poeta.

Hoje descrevo a dor poeticamente como poeta que sou transformou em poesia a dor que a tanto sentia.
Juntar os pedaços, dos vidros os estilhaços, em versos talvez, mas na realidade faltam partes que nunca serão reconstruídas.
O sangue derramado ao chão, retirará com esfregão, mas a chaga aberta no coração esta nunca será limpa não.
Como a um prédio implodido, só poeira sobrou, nem vestígios da pessoa que foi ontem restou.
Os cabelos ficaram nevados, as rugas visíveis no rosto moço, velho o tornou.
O amor sofrido só nos romances nos é permitido, pois ele calou o poeta, com síndrome do coração partido.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Era uma vez...

Era uma vez...

Assim sigo meu caminho, as vezes triste, até cansado, mas nunca sozinho.
Sou um contador de história, e a mim foi designado o papel de me transformar em vários personagens.
Que encantam, emocionam e levam a fantásticas viagens.
Todos somos um pouco contadores de histórias de nossa própria vida e comissionados a contar da melhor  maneira possível nossas aventuras e desventuras.
Não sinta medo, chore, sorria, seja real em sua fantasia, todos somos anjos e monstros dentro deste nosso roteiro.
Nosso livro já veio escrito...
Sejamos personagens reais deste nosso livro, mas nunca esqueça daqueles que o ajudaram a construir o enredo.
Era uma vez...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Errante

Caminho eu sobre esta terra, procurando alento para que a alma se ache a contento.
Triste caminho percorrido, por aquele a quem só lhe restou espinhos, traído na alma, no corpo de modo mesquinho.
Errante, busca perdão, por ter deixado se tomar pela emoção, magoando seu próprio coração. Mas diga: Como poderia resistir a tão inflamada paixão?
Ah! Como é doido o caminho daquele que decide andar sozinho.
Hoje se me perguntarem sobre o amor, não sei o que é, desconheço.
Minha companheira a solidão e VOCÊ? Você, sepultou o coração.