sexta-feira, 2 de março de 2018

Ainda escuto seus soluços

Ainda escuto seus soluços, e suas dores atravessam minha alma, perco a calma e a dor me atinge como o sangue que a terra tinge.
Como não sofrer com o sofrimento de quem não pode se defender? Como não temer a quem não teme a justiça de Deus?
O que o homem trás em seu coração? A humanidade só tem trazido decepção. Em que parte se perdeu o aprendizado que diz que devemos amar uns aos outros como a nos mesmos?
Que tipo de pessoa decepa, mutila e mata um inocente? Socorro! Preciso ter esperança,
 mas como posso se ouço ainda o soluço das crianças.
O sangue manchando o coração dos pais, a vida com toda sua ira em ação, o que farão mais?
Hoje vejo porque de tantos temporais.
São tantas perguntas que me faço, me sinto em dores de parto, me despedaço  e sinceramente não sei como me refaço.
Onde está você, que não se preocupa, que não age? Vejo corpos e corpos pelo chão, crianças recrutadas com armas nas mãos, mães que embalam seus filhos mortos ao colo.
Para onde caminha a humanidade, chega por favor de tantas atrocidades, quero sorrisos, felicidade...
Te acolher em meus braços e poder e te dar meu abraço,
Te ver brincar alegremente, sem ter este medo cicatrizado em teu semblante.
Mas tudo que vejo me assusta, ainda escuto seus soluços...