segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Faces



Não consigo entender aos homens...
Que uns aos outros consomem,
Será que não tem consciência?
Porque de tanta malevolência?

Seguram o poder em suas mãos
Matam pouco a pouco seus irmãos...
Falta de dignidade é a grande miséria!
Para esses "seres" tudo é só matéria

Sobre o vazio da mesa
Vivemos a mais ínfima pobreza!
Pobreza da alma, do espírito...
Que já não consegue conter o grito

Olhos secos, já não choram,
Calados, sozinhos, observam...
Lutem! Exige a vida!
Fracos, esperam a partida!

Aqui vivem os miseráveis...
Seres de carácter desprezáveis
Trazem no semblante bondade!
No coração mentiras e crueldade!




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Meu jeito




Roupas estendidas no varal
Embandeiravam meu quintal,
Crianças sorriam a brincar
Hoje me fazem recordar...

A nossa casa muito modesta
Trabalho ganho de forma honesta,
A noite com o filho a embalar...
Inventava no peito um sonhar!

Meus sonhos um dia arrancados
Por meus filhos reformulados,
Fez que meus dias de frio...
Deixassem de serem vazios

Hoje vejo meu rosto marcado
Mas de olhos muito serenos,
Certos do dever alcançado

Ainda da vida sou aprendiz
Da minha dor ninguém condeno,
Passo a passo aprendi a ser feliz...












segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ESTAÇÕES




Nas manhãs frias de inverno,
Abro meus olhos de mansinho...
Qual urso aqui hiberno
Esperando por seu carinho.

Pedindo que chegue a primavera,
Com seus aromas e coloridos..
Meu coração não mais adormecerá
Será campos e jardins floridos.

Enquanto ela não chega,
Te sinto nas águas de Agosto...
Nos raios de sol que aconchega
Na bebida que sorves com gosto.

Tenho pena dos meus olhos,
Não conseguem ver os teus...
Estão turvados, quase sem brilho
Desde o dia que te disse adeus.

Esta noite o sol namora o luar,
Tal qual namoro você...
Esperando Setembro chegar
E de novo meu coração aquecer.

E encantados pela emoção,
Meus lábios sugarão os seus...
Sintonizados em uma só canção.