Estava escutando uma canção nativista e ela dizia assim: “É
o meu Rio Grande do Sul, céu, sol, sul terra e cor...” e me deu um aperto no
peito, aquele aperto de amor, orgulho pela terra que o gaúcho conhece.
Agora entendo meu pai, que ficava à tardinha a escutar os
programas nativistas e se deliciava ouvindo as canções de nossa terra, hoje sou
eu a fazer a mesma coisa e a me emocionar escutando “O canto alegretense, “Guri’
ou Leonardo um cantor nativista que cantava o Rio Grande como ninguém!
O gaúcho valoriza muito o chão onde nasceu, o canto do quero
quero, os pés roseteados de grama, os brincos de princesa nossa flor símbolo dos
pagos, que atravessa a invernos rigorosos linda e enfeitando os jardins
gaúchos, assim como o tropeiro que atravessa os campos pela madrugada
carregando o gado, forte, corajoso e altaneiro, mesmo tendo as mãos cortadas
pela geada.
Tenho em mim o gosto do mate amargo e das tradições, o fogo
de chão e as lendas contadas ao seu redor, da linda índia Imembuí, do negrinho
do pastoreio, caverá entre tantas que há aqui no sul.
A nossa história de lutas me deixa orgulhosa, tenho nas veias
sangue farrapo, nosso Estado foi decisivo em varias partes da história do
Brasil.
E quando acordo e vejo os campos branqueados de gelo, não
sinto o frio do inverno, o amor pelo meu Rio Grande me aquece o coração.