quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Meu Pampa




Aqui o Minuano sopra forte,
Parece que passa lendo a sorte...
De quem nos pampas nasceu,
Com amor a terra cresceu...
Que nas trincheiras desta vida
Descalço trabalhador reivindica
Por um pedaço de chão,
Este seu ganha-pão...
Reformas que nunca tem formas,
Agrárias que nunca tem áreas
Grito sufocado na garganta...
Descarregado no cabo da enxada,
É democracia disfarçada...
Liberdade de expressão
Calada com arma na mão,
Trago sangue de gaúcho
Que de violência não se orgulha,
Carrega na alma farroupilha
O bravo valor nativista
Gaúcho tradicionalista

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Violência Urbana



O cadáver em estado de putrefação
Já não mostra a tamanha violação...
Em que o corpo foi submetido,
É apenas mais um abatido!

Tantas normas, tantos preceitos
Diga-me, de saber tenho direito...
Onde estão as leis do coração?
Como pode irmão matar irmão!

O pai que avilta a filha...
O ladrão que rouba e humilha,
São fatos deste cotidiano
Vive-se tempos diluviano

Tudo se mostra tão "normal"
O bem sufocado pelo mal...
E você, por que se cala?
Será que já não se abala?

Em meio a tanta desolação,
Fome, miséria e corrupção...
Mãe prostitui a própria filha
Dizendo ser isto família

É mais um corpo no necrotério
Fulano de tal na placa no cemitério
Ninguém seu corpo reclamou,
Nenhuma lágrima por ele chorou!

Aqui impera a lei do silêncio
Mãe nega o filho em sã conciência
Na violência urbana
Gente deixou de ser humana!