quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sinfonia da Saudade



A tarde cinza me faz taciturno,
Na vitrola Chopin toca Noturno...
E os meus olhos então brilhavam,
E ao som do piano viajam...

É como se a música me renascesse,
E com ela a dor adormescesse...
O som dança em meus ouvidos,
E a mente geme e faz alaridos...

E nesta viagem de sonho,
Em minha mente componho...
Os versos que nunca te fiz,
Sobre os lábios que tanto quis...

E  perdido em meus devaneios,
Estrelas iluminam teus cabelos...
Refletem no rosto triste,
O triste dia que partiste...

Hoje me sobrou a canção,
E com ela afago o coração...
Peço que a morte cumpra seu rumo,
Toca Chopin, toca Noturno!



terça-feira, 22 de maio de 2012

Saudades do meu pago



O farol ilumina o caminho do errante,
Que saiu em busca de terras distantes...
Leva na bagagem a dor e a saudade,
Busca na esperança a tal felicidade...

O cheiro a óleo do candeeiro,
Confunde-se ao do carreteiro...
O semblante então cansado,
Recorda os tempos passados...

Onde da terra tirava o alimento,
Não tinha este tormento...
Deixar minha terra amada,
A procura de outras paradas...

Com uma trouxa nas costas,
Os pés borrados de bosta...
Deixei meu filho chorando,
E a china na porta acenando...

Escrevo frases mentirosas,
Engano a china amada e cheirosa...
Que aqui sou considerado,
Tenho contrato assinado...

Mas pobre diabo hoje é,
Mantém vivo pela fé...
De um dia ao campo voltar,
E a sua família abraçar!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Contradições


O semblante entristecido,
Ao ver tudo perdido...
É o menino que de sede chora
O chão que chuva implora!

No outro lado país...

O semblante entristecido,
Ao ver tudo perdido...
É o menino que de medo chora
Que pare de chover ele implora!

O homem pergunta porque de tanta contradição?
Será que em tudo isto não tem o dedo do homem não?





terça-feira, 1 de maio de 2012

PECADO




Estes são versos inspirados,
Em beijos apaixonados...
Em um romance inacabado,
Repleto de paixão e pecado...

Mas será que é pecado,
Amar alguém deste jeito?
Manter o coração saciado,
E este aconchego no peito?

E como em um ritual...
Testemunha um céu enluarado,
Em um balé sensual...
Espiam-nos um teto estrelado,

Nossa nudez não é vergonha...
É ato de amor consumado,
O sol de mansinho se avizinha,
Celebrando o doce sabor do pecado!












Estes são versos inspirados,
Em beijos apaixonados...
Em um romance inacabado,
Repleto de paixão e pecado...

Mas será que é pecado,
Amar alguém deste jeito?
Manter o coração saciado,
E este aconchego no peito?

E como em um ritual...
Testemunha um céu enluarado,
Em um balé sensual...
Espiam-nos um teto estrelado,

Nossa nudez não é vergonha...
É ato de amor consumado,
O sol de mansinho se avizinha,
Celebrando o doce sabor do pecado!