terça-feira, 30 de julho de 2019

Ser livre é muito "soda" (parte dois)

Ser livre é muito "soda"(parte dois)

E sobre liberdade,
Nada tem a ver com estar acompanhada...
Não quero ser estereotipada,
Ter a mente aprisionada...
Liberdade está na alma,
No voar do intelecto...
Metamorfo do obsoleto,
Liberdade é alegria...
De dividir palavras no dia a dia,
Poderia ter meu corpo em grades...
E asas em meu coração...
Liberdade rima comigo, contigo e com todos os cidadãos,
Podemos dividir a casa, a cama, o espaço...
Podemos dividir risos, sonhos e abraços,
Repartir conhecimento, é essencial e gratificante...
Mas minha liberdade, esta construí ao longo da estrada,
Não aceita retrocesso, algemas ou prisões...
Há muito quebrei grilhões,
Então veja bem...
Só ou acompanhada, ser livre é muito " soda"!

Nota do autor: Ontem quando escrevi sobre"ser livre é muito "soda", leitores me comentaram sobre ter alguém e ser livre, aí está meu poema sobre o assunto.)

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Ser livre é muito "soda"

O que é ser livre,
É este vento no rosto que bate com gosto...
É este sorriso na cara que a boca escancara,
O que é ser livre,
Uma consciência tranquila mesmo que tenha tomado tequila...
O amor feito sem pudor,
O que é ser livre,
Ter certeza que nada me dá certeza...
Que questionar pode de mentiras me livrar,
O que é ser livre,
Dizer o que pensa, sem ser com maledicência...
Respeitar o próximo, pois eu posso ser o próximo,
O que é ser livre,
Pensar o que quiser sem me questionar...
É nos pensamentos que vivi meus melhores momentos,
O que é ser livre,
No meu entendimento, ser o que sou, cara lavada, rock paulada...
Chorar até a blusa molhar, rir até cair,
Querer dormir de conchinha, com alguém nas conchina, em meio a "guerra"do Vietnã...
E pra quem diz que liberdade não rima com responsabilidade, está errado, ser livre é muito " soda",
Felicidade não tem idade, tem ruga no rosto, cabelo grisalho e muito vontade de se apaixonar...
E se você quiser discordar, discorde, você é livre e eu também!

domingo, 21 de julho de 2019

Pois haja gavetas para guardar tanta saudade

Na cômoda da vida,
Guardei lembranças vividas...
Algumas gavetas deixei entreabertas,
Mas outras de tanta dor, deixei secreta...

Uma canção te trouxe volta,
E as gavetas foram de novo abertas...
Eram tantas fotografias,
Teu corpo em cada grafia...

As palavras tinham rosto,
E teu cheiro venho com gosto...
Gosto de prazer e vinho,
Degustado com sedução e carinho...

Do amor feito com jeito,
Jeito de amor perfeito...
Daqueles que só os amantes sabem,
Que arrepia a pele de saudade...

A velha cômoda já não suporta,
Guardar tantas folhas mortas...
Preciso esvaziar as gavetas,
Deixar voar as borboletas...

Pois haja gavetas para guardar tanta saudade









domingo, 14 de julho de 2019

Dormindo com o inimigo

Mini conto:

Era assim todos os dias, as lágrimas corriam a face, mas depois pensava: Deve ser assim mesmo e continuava seu dia.
Foi preparada desde cedo para o casamento, se perdesse a virgindade antes de casar ninguém mais iria querer você, segundo seus pais.
Ultimamente vem tendo uns pensamentos diferentes, mas cruz credo duvidar do que o religioso falou, só de pensar me dá medo.
Dobrava os joelhos e começava a orar, mas no meio da oração a cena lhe vinha à mente e começava a chorar, tenho que esquecer, tudo sempre ocorreu assim e assim deve ser.
Foi lendo uma reportagem que viu que suas ideias não eram absurdas, tinha uma razão de ser, tinha casado virgem, depois veio os filhos, tudo muito doído, nunca entendido, sua mãe dizia que não tinha que entender tinha que dar graças a Deus a vida que tinha.
E a vida foi passando, os cabelos grisalhos já aparecendo e a revolta só crescia no coração, o marido na idade do lobo, já não lhe prestava atenção, vivia espichando o olho nas meninas mais novas da redondeza.
Mas o religioso disse que homem é assim mesmo, ele trabalha, lhe dá tudo, fique cega, muda, lhe dizia a mãe.
Foi em uma sexta feira, foram à igreja, ela já sabia o que lhe esperava, então se preparou, seria hoje. Um grito cortou o silêncio da noite, ela contemplava o marido ensanguentado com um riso estranho nos lábios.
Levada sobre os olhos incrédulos de seus pais parecia não ver ninguém, na delegacia perguntaram o porquê de ter matado seu marido, ela disse: Uma vida inteira fui estuprada, achando que aquilo era normal, me queixei na minha igreja, o religioso disse que a mulher tem obrigação de servir sexualmente seu esposo, me queixei a minha mãe e ela me mandou ficar cega muda e surda.
Duvidei cada dia da minha vida que aquilo era o certo, mas minha religião não me permitia duvidar, não culpo minha mãe hoje sei que ela deve passar o mesmo que eu, Eu deitava e ele me possuía de todas as maneiras, eu as vezes dizia estar doente, mas ele não ouvia, eu fingia dormir e nada adiantava, não havia carinhos, beijos, no começo pensei ser normal, mas depois vi que ele não me respeitava, não respeitava meu corpo.
Sei que hoje vão dizer que estou endemoniada, mas o demônio eram eles, que me subjugaram em nome de um deus que hoje sei não era meu.
Falam tanto em estupro, acautele-se, o inimigo pode ser aquele que dorme contigo, o seu próprio marido.

sábado, 13 de julho de 2019

Enlouqueci

Enlouqueci

Ouvi dizer que somos todos um pouco escravo,
Seja da vida, seja do coração...
Minha liberdade firmei com letras em minha composição...
Minha alma embora presa a um corpo, pela sociedade,
Não consegue aprisionar meus pensamentos, minhas verdades...
Me desnudo em palavras, sem medo de restrições, assino de minha lavra,
Assumo o que o corpo aprisionado já não diz, mas quando pego a caneta e meus dedos deslizam sobre o papel, vou da terra aos céus...
Livre do cativeiro mental, sem deveres social, me nego a ser como os outros, quero mais que um rosto,
Preciso de conteúdo, não me atenho ao miúdo, a leitura me corrompeu, hoje já não sou mais eu..
Da vida todo conhecimento é pouco, talvez vocês achem louco,
Mas nunca fui tão feliz como depois que enlouqueci!

Enlouqueci

J'ai entendu dire que nous sommes tous un petit esclave,
Sois de vie, sois de coeur ...
Ma liberté j'ai signé avec des lettres dans ma composition ...
Mon âme, bien qu'attachée à un corps, par la société,
Je ne peux pas emprisonner mes pensées, mes vérités ...
Je me déshabille en mots, sans crainte de contrainte, je signe mon engagement,
J'assume ce que le corps emprisonné ne dit plus, mais quand je prends le st
ylo et que mes doigts glissent sur le papier, je vais de la terre au ciel ...
Libre de tout lien mental, sans devoirs sociaux, je refuse d'être comme les autres, je veux plus qu'un visage,
J'ai besoin de contenu, ne m'accroche pas au gamin, la lecture m'a corrompue, aujourd'hui je ne suis plus moi ..
De la vie toute la connaissance est petite, peut-être que vous la trouvez folle,
Mais je n'ai jamais été aussi heureux qu'après être devenu fou!

Sinto-me covarde



Deus perdoe minha covardia,
Diante das dores do dia a dia...
Pois elas me foram tantas,
Que hoje meu coração já não descansa...
Perdoe meu medo de perder,
Meu medo de Te esquecer...
Este medo não tive em vão,
Foi de ver embarcar quem tanto amava no vagão...
E quando os trilhos da vida os levou,
Cheguei a conclusão que nada sou...
Perdoe Deus minha covardia,
De tanto tentar ser forte...
De lutar contra a sorte,
De achar que aguentar tudo podia...
De sofrer com um sorriso de alegria,
Perdoe Senhor minha covardia...
Se hoje já não consigo,
Atravessar o mundo para salvar o amigo...
Minhas emoções, enfraqueceram meu coração,
Perdoe Senhor não conseguir deixar de sentir...
E assim sem querer me agredir,
Continuarei minha missão.

Tempos modernos

Em tempos modernos,
Não preciso usar "ternos"...
Posso expressar meu pensamento,
Sem ressentimento...
Em uma sociedade democrática,
Não terei medo de repressão...
Tenho liberdade de expressão,
Mas será que isto acontece?
Quando vejo jornalista afastado de sua função,
Gente forçada a pedir demissão...
Infarto por tristeza no coração,
Morte por omissão...
Não é omissão de socorro,
Esta também ocorre...
É omissão dos poderosos,
Que por dinheiro nega suas convicções...
A repressão começa a matar,
Vem disfarçada de liberdade...
Colocando goela a baixo sua " verdade",
Tempos modernos...
Não preciso usar "terno",
Será?





quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bate papo entre amigos


A morte e a vida andam de mãos dadas,
Cada uma em sua estrada.
De repente em um cruzamento,
Nada existe, é como vento...
Uma lufada e vira nada,
Portanto meu amigo...
Vem fique comigo,
Vamos dividir vida,
Carinho e amizade...
Nada mais bonito,
Que um dia colorido...
Bate papo, chimarrão,
Aperto de mãos...
Quem sabe aquele abraço,
Hoje seja a salvação.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Quando a canção tocar

Quando a canção tocar
Quando a tarde termina e a noite calma se aproxima,
Minha voz vai te buscar em suave melodia, um canto triste de saudade de quem o amor roubou seu coração um dia,
Deixo minha alma vagar e assim atravesso o infinito como em um conto bonito entramos em sintonia,
Bailamos  e então matamos nossa saudade mesmo que seja em minhas fantasias, mas me diga, não é de fantasias que é feita a poesia? De belas e doces fantasias criadas dentro de um ser apaixonado, repleto de emoção...
A lua já vai alta e a melodia já está a terminar, tu me olhas como a pedir, vem, fica comigo, amanhã, quem sabe amanhã, outra canção nos fará encontrar,
Agora tenho que voltar, o rouxinol já começa a cantar....

sábado, 6 de julho de 2019

A solidão dos esquecidos



A lua invadiu a sala e iluminou a face enrugada, esteve sentadas horas a fio 
sem ser notado, tal qual um ser invisível sobrevive ao insensível.
A muito perdeu noção de dias e horas, apenas come e bebe o pouco que lhe dá sem se importar com o paladar, passam correndo pela sala, dão risadas, conversam entre si e ele ali sem ninguém o notar. Será que morri? Não estão a me enxergar?
De repente o bebê passa engatinhando e se agarra a seus pés, que de tanto tempo parado já congelam e adormece, a nora corre e o retira rápido de perto, será que tenho algo contagioso e ninguém me contou?
Lembro-me dos meus meninos, amavam ficar agarrados aos meus pés enquanto lhes contava histórias hoje nem os vejo, acho que devem estar muito ocupados com seus compromissos, suas famílias.
Quando minha esposa morreu, eu sabia que em breve alguém iria sugerir um pensionato, uma clinica e já fui me preparando, nunca dependi de ninguém ate que comecei a esquecer das coisas, e então fui esquecendo o meu presente e eles também me esqueceram. Aos poucos os beijos escassearam, as visitas sumiram as consultas ao médico diminuíram e eu me vi sozinho.
Quando as recordações vem me sinto pior, pois me lembro de tudo e vejo que fui esquecido, que saudade de um abraço, dos amigos, dos netos, da alegria dos domingos.
Mas logo tudo se vai, e como em um passe de mágica já nem sei quem sou hoje está muito frio, está tudo escuro, a casa silenciou ninguém veio me levar para cama, de repente vejo minha esposa linda a me olhar sorridente, sei não estarei mais sozinho.
Uma lágrima escorre no canto dos olhos e a cabeça cai, morreu só, com a lua por testemunha.
Prosa em homenagem a meus pais que hoje já não estão mais aqui, minha mãe hoje faz três anos do seu falecimento.
Muitos esquecem seus pais, eu cuidei minha mãe até morrer.

Crônica: Inversão de valores

Hoje li em um comentário de um radialista que falava sobre pedidos de soltura de um criminoso acusado de vários abusos sexuais. E fiquei matutando como o ser humano está se desconstruindo, parece que apagou de dentro de si sentimentos de amor, apertou o botão e deletou a empatia, caráter, família.
Como posso pedir a soltura de alguém que violou a intimidade, a alma, a vida de outro ser humano, e olho ao meu redor e pergunto, onde se perdeu o homem, em que momento os valores foram esquecidos.
Venderam sua alma pelo dinheiro, cargos, corrupção, o que está por detrás de tanta frieza, dizem que a justiça é cega e seus juízes serão? E nós quanto povo, que vive lutando por seu ganha pão, para criar filhos dignos, concordamos com tamanha aberração?
Não consigo me conter, sou contra a qualquer ato abusivo, seja ele pessoal ou no tocante a população.
Maior que o corrupto, que o que julga, prende, liberta, é a mente que se deixou aprisionar em defender o errado em troca de favores, quando te vendes passas a não ter mais valor.
Vamos doar em vez de vender, doar amor, empatia, perdão, amizade, humildade, não se venda a propagandas, modinhas, lavagem da mente, dinheiro, não venda sua dignidade, você vale o que tem no coração.
Lembrem se nada fica impune, não perca aquilo em que você acredita, nada vale mais do que uma consciência tranquila.