quarta-feira, 29 de maio de 2024

Noites prateadas

 



Meus cabelos prateados 

Dos dias aqui caminhado

Frutos de um céu estrelado

Em minha alma cultivado


Quando tudo se fez escuro

A vida bateu duro

Minhas noites prateadas

Iluminaram minha estrada


O corpo então dorido

Com pés e mãos ferido

A alma entoa suaves canções 

Acalmando os corações 


Olho-me ao espelho

O gris de meu cabelo

Marcas do tempo

Que cultivo a contento 


As águas talvez voltem

O pranto também 

Mas a fé se mantém 


Sou tão grata

Por minhas noites prateadas

Foi elas que iluminaram meu barco

Pelas águas congeladas!


Jussara Rocha Souza