Meus cabelos prateados
Dos dias aqui caminhado
Frutos de um céu estrelado
Em minha alma cultivado
Quando tudo se fez escuro
A vida bateu duro
Minhas noites prateadas
Iluminaram minha estrada
O corpo então dorido
Com pés e mãos ferido
A alma entoa suaves canções
Acalmando os corações
Olho-me ao espelho
O gris de meu cabelo
Marcas do tempo
Que cultivo a contento
As águas talvez voltem
O pranto também
Mas a fé se mantém
Sou tão grata
Por minhas noites prateadas
Foi elas que iluminaram meu barco
Pelas águas congeladas!
Jussara Rocha Souza