Li tua "confissão" e diante dela te pergunto:
Por que me condenas?
Se me condenas por amar, por querer a quem não posso ter...
Hás de condenar o mundo, que grita e pranteia a falta do ser.
Então pode me matar, aceito calada a pena imposta... Nada mais me importa!
Já vivo a prisão da solidão, que o perpetuou no coração.
Atire a primeira pedra aquele que nunca amou, aquele que nunca desejou!
Se serei culpada não sei, amei com a fome do amor e da paixão, enlouqueci e de prazer o saciei!
Se me acusam, acusam também a ele. Que pediu, insistiu e eu me entreguei, sei também me quer, reconheço no meu seio de mulher.
Se algum crime cometi, não me arrependo, não quero perdão.
Meu álibi? Ele! Meu coração.
Belo texto!!! Há no amor e no acabar do amor um quê de jugamento. Há os por quês que não foram respondidos. Há, de um ou de outro lado, este sentimento de pena imposta. Há o tribunal da consciência. Há rábulas que não silenciam e acusam e agridem toda uma história de sentimento. Há uma lágrima a cair como sinete na sentença. E nos olhos molhados fica o turvo da visão.
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