O farol ilumina o caminho do errante,
Que saiu em busca de terras distantes...
Leva na bagagem a dor e a saudade,
Busca na esperança a tal felicidade...
O cheiro a óleo do candeeiro,
Confunde-se ao do carreteiro...
O semblante então cansado,
Recorda os tempos passados...
Onde da terra tirava o alimento,
Não tinha este tormento...
Deixar minha terra amada,
A procura de outras paradas...
Com uma trouxa nas costas,
Os pés borrados de bosta...
Deixei meu filho chorando,
E a china na porta acenando...
Escrevo frases mentirosas,
Engano a china amada e cheirosa...
Que aqui sou considerado,
Tenho contrato assinado...
Mas pobre diabo hoje é,
Mantém vivo pela fé...
De um dia ao campo voltar,
E a sua família abraçar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário