domingo, 24 de outubro de 2010

O ÚLTIMO DOS ROMÂNTICOS

romantismo

Hoje sou tristeza, sou solidão, abandono, amei, me entreguei e sofri desilusão. Não que esteja arrependida dos amores que vivi, mas me enganei a mim mesma achando que amor era eterno, teria que ser romântico e terno.

Sonhei o sonho dos apaixonados, escrevi poemas e declarações, ajoelhei-me a teus pés, com teu nome fiz canções.

Quis ser tua prisioneira, e algemada em tua alma por toda vida ser tua parceira, dividir a dor, as alegrias e assim bem de mansinho pedir para fazer amor.

Deitar em teus braços e ver a lua no terraço, ver minha imagem em teu olhar e a cada palavra sua me emocionar. Correr pelos campos de mãos dadas e te amar na relva molhada, saciar seu corpo nú e desvendar mares bravios num oceano de paixão.

Será que todos românticos são assim, escrevem cartas de amor, juram amor sem fim, ficam a olhar no nada a espera de alguém que não virá. Penso por vezes que o amor dos românticos traz sofrimentos por querer o que não pode ter.

Como é doce o beijo do apaixonado, o olho no olho dizendo tudo sem ser falado, a boca que procura a sua, pode me chamar de antiquada, mas acredito no romantismo e só quero ser amada, ver poesia nas flores e nas estrelas ver teu olhar.

Aconchegar em teu peito com carinho, murmurar palavras baixinho, te seduzir com o tocar dos dedos e tirar todos seus medos, se chamam isto sonho ou ilusão, eu chamo de romantismo do meu coração.

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