sábado, 3 de janeiro de 2015

Crônica de um coração doente


Tenho desejo ardente de vida, sempre fui assim, não é porque a velhice está chegando que me deu esta ânsia por viver.
A vida sempre me exigiu muito, cobrou muito, mas sempre amei ela intensamente, vivi ela intensamente e sempre quis ela mais intensamente ainda! A beleza e os prazeres da vida me atraem, espera aí não pense que sou uma desvairada, inconsequente quanto aos prazeres deste nosso viver. Simplesmente amo o amor e vivi cada um que a vida me deu, com suas consequências e inconsequências," Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!" Talvez seja por isto que meu coração adoeceu de tanto amar, porque só quem tem um coração aberto ao amor sabe o que é amar.
Sinto prazer em uma flor desabrochar, sinto prazer em uma noite de lua, é tão prazeroso viver que minha respiração me causa este sentimento.
Talvez alguns nem entendam esta minha fome de vida, ou pensem que falo assim por ter uma boa vida, mas aí é que se enganam, eu amo a vida pelo simples fato de querer poder estar viva, e esta vida que tanto prezo e anuncio a todos, é a mesma que me trouxe alegrias, amores, dissabores, trouxe a dor da saudade e a felicidade do reencontro.
Esta vida que me deu outras vidas, que são razão do meu viver, esta vida que levou embora para nunca mais voltar pessoas que tanto amava, vida de estradas bifurcadas que pedem nossa atenção.
Foi nesta vida que cresci, amei, aprendi, errei e aqui estou querendo mais e mais esta vida, que nem sempre é justa, que muitas vezes nos faz sofrer, querer desistir, mas é aqui que estou e sei que não é em vão, tenho algo a dar, tenho algo a aprender, e sei que tem muita gente como eu com esta fome desesperada de viver, obrigado meu Deus por mais este dia de vida, obrigado meu coração por esta nova chance!

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