terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Tarde sombria

O sangue  escorria, esvaindo a vida, desmaiando a alma etérea do ser.
 Faltou coragem, abismo, luto do sentir.
Estavas linda ontem!
A lembrança vem como um lume na escuridão dos seus pensamentos.
Bailava, rodopiava por entre as flores, na noite iluminada pelos vagalumes.
Tal beleza é como pecado diante de tanta tristeza, como ousasse, ser bela assim, mas não para mim? O sangue banha as vestes, os olhos nublam, escurecem, a imagem se esvai, ela também o queria, apenas ele não sabia.
Até que a morte o levou naquela tarde sombria.


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