domingo, 11 de julho de 2021

 Prosa poética 


Sempre haverá um giz colorido para o quadro negro da sua história 


Fiz do escuro do meu cérebro, a fresta a procura de luz.

Quando depois de noites insones, risquei um sol de giz, era tênue, quase imperceptível mas era a companhia perfeita para minha alma sensível. 

Você é muito só quando as dores são tuas, você se vê nua, frágil, da vida não se vê hábil. 

As lágrimas doem, correm quente como sangue ferem a face, que delas se entristecem. 

Você grita e as palavras não saem, grita tanto e no entanto você emudece, ficou surda das euforias, e muda das alegrias.

Então resolvi redesenhar meu viver, comecei com este tênue sol de giz, te parece pouco, sei este pensar parece louco, mas ele se chama esperança no coração de alguém que já nem sabia pensar.

Hoje meu céu amanheceu com nuvens, mas não me deixei abater, peguei então meu giz e desenhei um belo girassol e deixei que ele fosse em busca da direção do sol.

Agora vou me guiar por ele e aquecer um pouquinho esta alma dorida com seus belos raios coloridos.

Amanhã, ah! Amanhã existirá outros desenhos,  outros gizes para escrever uma nova história. 


Jussara Rocha Souza


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