Quando o céu se fecha
E a tormenta brava
Ao longe arrebenta
As lágrimas aos olhos se achega
São minhas memórias
Lembranças das histórias
Contadas ao pé da mesa
Sentada ouvia, encantada
Com a fala de meu velho pai
Nesta hora a chuva cai
Um homem de fibra
Enverga, machuca e cicatriza
Moldado sobre a brasa do ferro
No corpo as marcas da lida
Dói no coração desta menina
O trabalho e as necessidades
Fez deste homem a hombridade
Apesar da dureza nos traços expressos
Deus lhe deu coração de menino
Acalentando seu destino
Da janela me aprochego
O vejo na vidraça embaçada
Sorrindo a cantarolar
A música de minhas lembranças
E então choro como criança!
Jussara Rocha Souza
" Sertaneja se eu pudesse
Se papai do céu me desse
O espaço pra voar
Eu corria a natureza
Acabava com a tristeza
Só pra não te ver chorar"
Música que meu pai cantava para mim.
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