quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Sozinha




Eu vivo a solidão dos ausentes

Daqueles que tudo sentem 

Do amor não realizado

Da canção inacabada


A solidão da rua deserta

Do beijo na hora incerta

Das vontades reprimidas

Das dores tão sofridas


A solidão das noites insones

Dos bares, amigos anônimos 

Do choro e o riso

Do desequilíbrio convulsivo


Eu vivo a minha solidão 

Do interior de meu coração 

Repletos de segredos guardados

Escritos em tristes versos


A solidão das mariposas

A mesma de muitas esposas

É um só na solidão 

É a solidão em meio a multidão 


A noite se despede

A lua então adormece

A solidão me abraça 

E o olhar embaça 


Então começa um novo dia!


Jussara Rocha Souza

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