Puxei a cadeira do tempo, e tivemos um colóquio daqueles que não pode haver mentiras.
Falei da velhice que já se achegava, lembrei dos que partiram, coloquei em dia memórias e histórias que nem lembrava que ainda sabia.
Abri o álbum do coração e nele estavam meus pais, primos e irmãos, amigos que por aqui já passaram, que aqui ficaram e outros que o tempo levou e o coração guardou.
Realmente conversar com o senhor tempo trás muitas lembranças, sorrisos, lágrimas e aquele amor de infância, quem não teve seu primeiro amor?
Cheguei bem ao pé do ouvido e murmurei aquele segredo que foi por ele mantido, o tempo companheiro, curador de tantas dores, o tempo implacável, memorável, justificável, será?
Mas voltamos ao colóquio, pedi ao tempo que maneirasse no frio, pois meus ossos se fazem arredio e assim como meus cabelos os campos branquearam de neve e minhas mãos já não mais escrevem.
Meu pedido feito, o tempo me olha meio contra feito, mas promete ir devagar, para que dele eu possa muita conversa ainda escutar.
Jussara Rocha Souza.
Falei da velhice que já se achegava, lembrei dos que partiram, coloquei em dia memórias e histórias que nem lembrava que ainda sabia.
Abri o álbum do coração e nele estavam meus pais, primos e irmãos, amigos que por aqui já passaram, que aqui ficaram e outros que o tempo levou e o coração guardou.
Realmente conversar com o senhor tempo trás muitas lembranças, sorrisos, lágrimas e aquele amor de infância, quem não teve seu primeiro amor?
Cheguei bem ao pé do ouvido e murmurei aquele segredo que foi por ele mantido, o tempo companheiro, curador de tantas dores, o tempo implacável, memorável, justificável, será?
Mas voltamos ao colóquio, pedi ao tempo que maneirasse no frio, pois meus ossos se fazem arredio e assim como meus cabelos os campos branquearam de neve e minhas mãos já não mais escrevem.
Meu pedido feito, o tempo me olha meio contra feito, mas promete ir devagar, para que dele eu possa muita conversa ainda escutar.
Jussara Rocha Souza.
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