terça-feira, 1 de junho de 2021

 Você olha e logo de cara solta o verbo: _ Mas porque não trabalha? Fez filho aguenta? Não mandei casar e por aí vai...

Mas você olhou lá atrás quando sua mãe, irmã ou aquela mulher casou? Os tempos eram outros, havia muito preconceito, submissão, será que casou por vontade própria? Será que não estava fugindo de uma situação pior?

Quem sabe ela trabalhava, tinha sua independência, mas ficou desempregada e precisou depender dele e teve a ingrata surpresa de ver que o marido não era aquele companheiro que pensava.

Você julga, julga e acha que com você nunca irá acontecer, você casa por amor, planeja tudo, sonha e tudo vira pesadelo.

Há mulheres casadas, "realizadas" e incrivelmente só, há quem busque a felicidade incessantemente e é  muito infeliz.

Tem mulheres que se submetem a amores traiçoeiros por amarem demais e não conseguir deixar esta pessoa. E você vai lá e diz eu nunca serei assim, será?

Você talvez criticou sua mãe e hoje faz as mesmas coisas.

Nós mulheres, somos as pessoas mais importante no mundo, trazemos seres a vida mas somos desvalorizadas mesmo tendo os melhores estudos e tendo independência financeira, hoje não são só as mulheres de classes mais baixas mortas por seus companheiros, são advogadas, médicas, políticas e outras tantas profissionais que foram brutalmente assassinadas.

Em um mundo de achismo, respeitar cada um com sua história já é meio caminho andado.

Eu contaria aqui, como contadora de histórias e poeta que sou, inúmeras histórias de mulheres que eu mesma conheço ou que li e até mesmo a que eu vivi, mas coloco minhas letras para me solidarizar com cada uma delas.

Não julgue, coloque-se no lugar, seja solidária. 


Quando vires uma mulher em situação difícil, ofereça uma palavra de carinho, um abraço, um batom, um corte de cabelo, fazer uma unha, dê o que você tiver de melhor, afinal você também é mulher e sabe bem do que você precisa e gostaria.


Jussara Rocha Souza

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