terça-feira, 9 de maio de 2023

A beleza da maturidade

 Esta crônica é em homenagem a todas meninas maduras como eu, meninas nós somos demais!


Gosto da minha pele, do meu corpo, do meu rosto. Do jeito que me olho com gosto, gosto do meu sorriso, aprendi a me arrumar para mim mesma, de tomar banho gostoso, passar creme e arrumar o cabelo tão somente para deitar.

Já não tenho certas prioridades de quando era jovem, mas me sinto jovem por inteira no momento que me faço interessante para mim mesma.

Gosto de ler um livro, tomar uma taça de vinho, tirar fotos de mim mesma e me olhar com carinho.

Descubro com a idade minha verdadeira identidade onde antes nem sequer me conhecia, pois era dos outros a vida que eu vivia, para quem tem cicatrizes é difícil ter outras diretrizes, fatos, momentos te levam ao passado, mas agora fiz as pazes com ele e este já não me machuca mais, as cicatrizes são meu charme, tatuagens naturais do meu novo corpo.

Falo com o tempo e ele me diz: bora menina, ainda há muito o que fazer, mesmo que o tempo não seja mais do que horas, minutos, é o meu tempo e quero de novo nascer.

Hoje acordei senhora de mim e quero que você também se sinta assim, somos jovens demais para morrer.

Hoje me olhei no espelho e ele me sorriu, então pensei, valeu a pena, pois me olhar com gosto é apenas o reflexo de tudo que no meu interior construí para mim.


Jussara Rocha Souza


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