sexta-feira, 26 de abril de 2024

Alma viajante




Lá onde o vento faz a curva

mora a saudade

deixando a vista turva

molhando a felicidade 


Lá deixei ficar

pedaços de mim

o sossegar

infinito vagar


Quem me dera!

agarrar o tempo

fazer desta tapera

o agasalho no vento


Mas minha alma viajante

não consegue fazer parada

é pássaro cantante

senhor das madrugadas 


Acalmando os aflitos

solitários nas suas agonias

doridos nos seus conflitos

débeis esperando o dia


Jussara Rocha Souza

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