Um dia talvez eu volte
conto só com a sorte
ao longe a plantação de trigo
aqui o som dos trilhos
não prometi voltar
pois não a quero a esperar
talvez volte um corpo
talvez nem corpo tenha o morto
levo a imagem dela
cabelos revoltos na janela
a mala não foi feita
bagagem só da alma desfeita
na memória a canção (alucinação)
amor feito com necessidade e loucura
com gosto de despedida
sem rosto, promessa ou vida
coloco o disco na vitrola(que canta minha revolta)
o fumo, os dedos enrola
na fumaça vejo teu rosto
que sorvo com rosto
ainda te espero
ainda te quero
na rua da Consolação
ficou perdido meu coração
Preparo um gim
E bebo tudo aquilo que guardo em mim!
Jussara Rocha Souza
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