terça-feira, 29 de outubro de 2024

Elegia




Silêncio seu moço 

Que a vida está osso

O amor vai morrendo 

Os sentidos empobrecendo


Tudo parece normal

O cruel é banal

Eu não me conformo 

E então morro


Morrerei de qualquer maneira

Sem eira ou nem beira

De fome, amor ou educação 

 As mãos amarradas da corrupção 


Silêncio seu moço 

Falar é corda no pescoço 

Foi suicídio diz o jornal

Suicidou-se com as mãos do Sr mal


Hoje se morre todos os dias

Sangue, celular e fotografia 

Celebrando a elegia

Morre o poeta e a poesia!


Jussara Rocha Souza

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