sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Solidão



Que nome se dá, a esta tristeza no olhar,
Que só de olhar me dá tanto dó...
Que nome se dá, a esta testa enrugada, de noites acordada, que de lembrar tanta angústia, a mim  já agonia...
Que nome se dá, a estas pernas cansadas, de tanto trabalho já não conseguem mais andar, e que de ver assim acabrunhada,  lembro dos dias trabalhado e o pão que a todos teve sustentado...
Que nome se dá, a tantos que criam seus filhos com dificuldades, passam noites acordados e que de preocupação adoece o coração...
Que nome se dá, a estes mesmos que hoje habitam asilos e morrem aos poucos de solidão...
Esta lágrima no canto do olho, com um sorriso disfarça como em um esboço, com medo da visita não mais voltar... A noite esconde  o pranto doído de baixo do cobertor de ser abandonado por quem tanto amou.
Que nome se dá, quando morreu por dentro e ninguém percebeu...

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