terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Inocentes




Eu vou em busca da sorte,
Deus me livre encontrar a morte...
Sei que ela me ronda,
Pelos caminhos me sonda...
Mas dela não tenho medo não,
O que me desespera é  ver tanta miséria...
Da falta de pão,
De afeto...
De educação,
Do menino de pés no chão...
A barriga de vermes,
A fome como maior vilão...
Talvez cresça se tiver sorte...
Se uma bala perdida,
Sem que de sangue sua pele fique tingida...
Ele como eu também não teme a morte,
Até deseja que venha logo...
No casebre de frestas abertas,
Fita o vazio,
A sociedade, a omissão, governo, fome...
Quem de ti foi o assassino?
Dorme, dorme menino.

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