sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Sem pretensão


 


Ela falava de ti em si,

Com tamanha frenesi...

Falava das dores do mundo,

Do submundo...

Trazia nas letras,

Não o escrito das cátedras...

Mas o linguajar popular,

De quem sente o sangue pulsar...

Das sensações,

Emoções...

Por vezes tão contidas,

Que nos afetam de forma desmedidas...

Outras tão exuberante,

Que brotam lágrimas escondidas...

Não há métricas,

Simétricas...

Há revoluções constantes,

Em letras abundantes...

Não quero agradar ninguém,

Atirar areia nos olhos de alguém...

Quero escrever,

Escrever...

Sem pretensão,

Mas com emoção...

A você Clarisse,

Porque não posso guardar palavras!


Jussara Rocha Souza

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