sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Casa abandonada

 Prosa poética


O quadro pintado, nas paredes do passado deixaram marcas do inacabado.

Janelas azuis mostram a preferência do morador, estão abertas, como a esperar a sua volta, raízes sobem as paredes cobrindo seu interior como a preservar sua essência, quanta inocência, a natureza em busca de seu criador.

Eu venho de vez enquanto aqui, embora o lugar não seja meu, há um que de lembranças de algo que o coração não esqueceu, olho a porta entreaberta, convidativa, me convida a história contar.

Não há telhado, há noites estreladas, dias ventosos e barulhos misteriosos, como se falassem comigo, me fizessem companhia.

O silêncio é absurdo neste lugar, salvo os passarinhos que orquestram


seu cantar, aqui sou rainha, de um castelo abandonado, sem príncipe encantado, com borboletas por todos os lados.

Não preciso de relógios, o sol é meu temporizador, neste momento o vento me lambe o rosto com sua brisa e me acolhe a alma, tem algo mágico neste lugar, fecho os olhos e deixo minha imaginação viajar...

Quem sabe um dia já estive por aqui, viaja minha alma, viaja!!!


Jussara Rocha Souza

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