Haviam muitas teias
Cobrindo o brilho do seu olhar
Devagar retirou as meias
Finas, transparentes, deixou se mostrar
Na realidade eram seus olhos
Que não queriam ver
Haviam ferrolhos
Em seu ser
Enquanto se despia
Um calafrio na espinha
A teia se desfazia
E a mulher renascia
Há muito não se olhava
Quase não se reconhecia
A lágrima então molhava
A pele da menina recém nascida!
Jussara Rocha Souza
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