E a vida vem brotando, as vezes frágil, encolhida, porém brota destemida dentro de um corpo fraco, sentido, mas tão rico de sentidos que me dá e tira a vida.
Esta minha fragilidade em sentir, que muitas vezes me abate, tem a capacidade de colorir flores sem cor, pintar de vermelhos abacates.
Dar fragrâncias a velhos vidros vazios e enfeitar de sorriso a dor que de mim se faz rios.
Sou frasco frágil mas com conteúdo tão forte que soube com graça e beleza enfrentar a morte.
Hoje meu corpo foi minha poesia, a se torcer de dor, ensaiou rimas descabidas, lágrimas brotaram, cobrindo assim a vertente que me mantém viva e então ela, a vida, mais um dia brotou.
Jussara Rocha Souza
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