quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Bosque encantado




Quando a lua aponta no céu, por entre árvores, ela o espia ao léu, andarilho em busca de um novo caminho.

Corpo nu, a espera da amada, que surge em meio a relva, totalmente desalmada.

Arranca seu coração, que desprovido de auto estima, se entrega a morte do amor.

Ó minha amada, que surges dentro da noite estrelada, alma perdida pra mim encontrada, que me arranca vísceras e as leva pela madrugada me deixando assim em completa nudez da alma.

Sou teu escravo, doido, doído, arrebatado de prazer, como nunca houve com outro ser, lá vai alto a noite, a lua envergonhada com tamanho balé sensual entre os amantes se esconde atrás do mirante, então em uma profusão de corpos diante do êxtase final adormecem. 

O dia amanhece, no bosque a névoa se dissipa, ficaram apenas as árvores de testemunha, não sei se foi verdade ou mentira, perguntei ao luar, ele então me respondeu: experimente a fantasia de amar!


Jussara Rocha Souza

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