domingo, 17 de março de 2024

Carta ao tempo

 



Vejo-te por todos os lugares, pier e hangares...

Vejo-te na sombra da noite, que bate como um açoite,

Vejo-te nas entrelinhas dos versos componho em agonia...

Na melodia que fere a alma, que rouba a calma,

A tua gargalhada ecoa pelos cômodo que zombeteiros riem da minha dor...

Vejo-te nos meus mais íntimos segredos, obscuros, degredo,

Ah! Como dói a tua ausência, como fere a essência...

Quando partiste levaste parte de mim, e agora não sei viver sem ti,

Não há graça no viver, falta-me um pedaço do ser...

Como queria ouvir a tua voz, porque a morte fez-se algoz,

Tirando de mim o que me restava de felicidade...

A tua presença é tão real e forte que me permito a ti, intimidades,

Penso estar ficando louca, quando em completo desespero, peço que beijes a minha boca...

Vejo-te na madrugada, nos passos na calçada.

Vejo-te na chuva que cai, nos pingos de saudade que no meu rosto esvai...

Espero pelo tempo, ele com certeza será a contento,

Tirando-me esta dor ou levando-me ao encontro do meu amor!


Jussara Rocha Souza

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