É Charles, é preciso embriagar-se, em ousei me embriagar de poesias.
Mesmo essas feitas de nostalgia, de saudades e noites vazias... Amo o privilégio de beber versos quentes, dolentes, embriagar-me de sonhos e paixões.
Quando me visto de outra e nas páginas de um caderno resido em perfumados colchões, sim, me embriago de poesia , pois ela habita em mim, tresloucada, meiga,educada, ousada, depravada.
É suave este bebericar, quando a rima, a prosa vem em meu íntimo me chamar, quando de dor arranca meu coração e as transforma em versos e canção.
É Charles, é preciso embriagar-se, hoje bebo esta prosa com dor, mas uma dor gostosa, do gozo da poetisa, que com rimas ameniza as crueldades desta vida.
Hoje embriago-me sem perdão, para que não sinta do tempo esta ação, digo a mesma, é só mais uma estação, vai passar como o vento no temporal, como este verdejar atemporal, como a noite cede o dia, como eu dou vida a poesia!
Embriago-me de poesia, e deixo ela falar por mim, porque nem sempre serei noite, nem sempre serei dia, e se for para morrer que seja embriagado de poesia!
Jussara Rocha Souza
Em alusão ao poema de Charles Baudelaire!
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