quarta-feira, 29 de março de 2023

Histórias que vivi e contei

 Crônica


O ano era 1996, um dia frio de começo de inverno, uma mãe com seu filho de poucos meses caminha pela madrugada escura.

As ruas desertas, uma mãe com o filho no colo, medo, dor, dela e do seu filho, a distância entre sua casa e o hospital era de mais ou menos duas horas caminhando.

Não havia ônibus na madrugada, também não havia dinheiro, só ela, seu filho, uma madrugada fria e o filho doente nos braços.

Caminhava rapidamente, pedia ajuda a cada veículo que passava, ninguém parava, lembrou que ali perto havia um posto policial, pediria ajuda, chegou ao local esperançosa mas o posto estava fechado.

O menino agora só gemia, não havia celular naquela época, caminhava em seu desespero, de repente um carro passou e ela acenou, então o carro deu volta.

O moço perguntou o que aconteceu, a mãe então falou: Me leve para o hospital, meu filho está mal.

Enfim o hospital, o médico, o menino tinha bronquite e estava em crise, medicado, com a receita nas mãos a mãe sai do hospital, e para sua surpresa os rapazes do carro estavam lhe esperando.

Levaram ela na farmácia e compraram todos medicamentos, então a conduziram de volta a sua residência, grata, nem sabia como agradecer tanta bondade.

Esta história é verídica e aconteceu comigo e meu filho que hoje tem 27 anos, o carro era um Fiat uno verde, dois senhores, lembro que um morava na Cohab 2 assim me comentou, disseram para mim que Deus os mandou ali.

Nunca mais os vi ou encontrei, mas nunca os esqueci, e todos dias agradeço a Deus por eles terem salvado meu filho.

Esta é uma das muitas histórias que vivi e contei!


Jussara Rocha Souza

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