quinta-feira, 9 de março de 2023

Impunidade

 Crônica




Eu não sou nenhum magistrado, membro do poder judiciário, mas sou uma mulher do povo, que foi estudar tarde, trabalhou muito e que disse que não aceitava ser ignorante (que desconhece a existência de algo; que não está a par de alguma coisa.) Queria e quero continuar compreendendo assuntos que não concordo, aprender sempre mais para que eu saiba do que estou falando.

Mas o assunto que hoje quero trazer nesta crônica é sobre a impunidade dos poderosos, de como eles saem ilesos quando no entanto lesaram os de menos poder aquisitivo.

E o que fazer nestes casos, confiar em uma justiça morosa e que muitas vezes é comprada a peso de ouro e favores por seus magistrados.

Fazer barulho, que muitas vezes é calado pelo peso de ameaças ou armas de fogo, mundo conturbado este nosso.

Quantos já vi desistir de suas lutas por medo do que suas famílias possam sofrer, quantos morreram por denunciar impunidades por parte das autoridades.

É muito triste tu estar encarcerada em um sistema enquanto os iníquos desfilam com queixo em pé e salto alto.

E tu tem que calar, calar para o patrão, calar para o ladrão, calar para o mentiroso, calar, calar, calar e enquanto eu calo eles roubam mais e mais.

Eu não sou um magistrado mas prefiro ser eu mesma e continuar aqui ensinando a ler e escrever para que outros não precisem calar.

Estudem, lutem e tenham caráter, vocês podem até achar engraçado pedir para ter caráter em um mundo de pessoas sem nenhum, mas sempre há uma luz no fundo do túnel, uma semente que irá vingar 

Vamos continuar lutando com ações e menos palavras!


Jussara Rocha Souza

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