terça-feira, 28 de maio de 2019

Onde foi que te perdi



Será que foi ignorância, o correr do dia a dia, pressão ou foi falta de amor no coração,
Só sei que me perdi...
Caminho pelas ruas, os postes com suas luzes amarelas são meu únicos guias.
O nevoeiro esconde a cidade e eu me escondo de todos atrás dele.
Queria poder dissipar minha dor no amanhecer assim como a névoa que se dissipa com o aparecer do sol.
O frio corta meus lábios, o sangue quente me trás a realidade, um arrepio percorre meu corpo e diz que ainda estou vivo.
Até que ponto o ser humano aguenta o sofrimento, até que momento conseguiu ser forte, iludiu a dor e fugiu do seu medo interior.
Quantos de mim vagam por esta cidade a procura de si mesmos, a procura de felicidade.
Quantos estão por trás de portas fechadas achando que assim podem fechar suas consciência, esconder de si próprio o que fez por maledicência.
A madrugada se aproxima é hora de voltar, lá no horizonte o sol tímido ameaça raiar.
O tempo não volta atrás, a dor cura mas deixa suas marcas, olho a meu redor, corpos sem nome ou endereço se amontoam em um abraço mortal, tentando fugir cada um de seu mau.
A noite pela cidade esconde muitos segredos, mistérios e dores escondidas pela névoa e escuridão.
Tenho vindo aqui para te procurar, me pergunto onde te perdi, quem sabe na dor no outro consigo te encontrar.

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